Pregão Bovespa

Ouro foi o melhor investimento de 2010, com alta de 32%

Dentro do ranking acompanhado pelo Valor Online, o ouro foi o melhor investimento de 2010 no Brasil. O ouro fechou o ano acumulando valorização de 32,26%. A renda fixa ficou em 2º lugar. O CDI apresentou variação positiva de 9,71%, e o CDB subiu 9,75%. A caderneta de poupança deu retorno de 6,90%. Já a Bolsa de Valores de São Paulo encerra a lista, mas com avanço de apenas 1,04%. Em 2009, o ganho da Bolsa de São Paulo tinha sido de 82%, depois de uma queda de 41% em 2008.

Acordo BM&FBOVESPA e Nasdaq OMX beneficiam corretores

A BM&FBOVESPA chegou a um acordo com a Nasdaq OMX para desenvolvimento de um sistema de roteamento de ordens que deve beneficiar corretores americanos e brasileiros. A ideia da parceria é criar uma via de mão dupla pela qual os investidores locais poderão comprar e vender ações de empresas listadas na Nasdaq e vice-versa.
Pelo acordo, a Nasdaq OMX pretende desenvolver um sistema tecnológico que permita: a) aos intermediários americanos (broker dealers) a eles conectados enviar ordens de compra e de venda de ações negociadas na BM&FBOVESPA, mediante contrato com um corretor brasileiro, e b) aos corretores brasileiros, também conectados a esse sistema, enviar ordens de compra e de venda de ações negociadas na Nasdaq OMX, mediante a contratação de um broker dealer americano.
A expectativa é de que a implementação do sistema ocorra na segunda metade de 2010, estando sujeita às autorizações necessárias dos órgãos reguladores do Brasil e dos EUA e a outras condições, tais como a demanda dos intermediários. A parceria inclui a distribuição de preços de ativos negociados em caráter não exclusivo e também o licenciamento de produtos da Nasdaq para companhias abertas brasileiras. A BM&FBOVESPA tem parceria semelhante a Chicago Mercantile Exchange (CME) para Derivativos.

Fonte: Carta Ancor Fevereiro/2010

Uso do FGTS na capitalização da Petrobras será discutido em audiência

Foi aprovada, na quarta-feira (14), a realização de audiência pública para discutir a possibilidade de uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na capitalização da Petrobras. A reunião, requerida pelo deputado Pedro Fernandes, ainda não tem data para ser realizada, de acordo com a Agência Câmara.

Preocupação
De acordo com o deputado, a possibilidade de utilizar o FGTS para investir no pré-sal e capitalizar a Petrobras é preocupante, pois o fundo poderá ficar saturado, com os cerca de 300 projetos que o afetam. Para Fernandes, a reunião servirá para que os parlamentares conheçam melhor o FGTS e repensem a utilização dos recursos do fundo para investir no pré-sal.

O outro lado

Para o presidente e fundador da ONG Instituto FGTS Fácil, Mario Avelino, o trabalhador precisa ter o direito de investir em ações da Petrobras no pré-sal. Avelino defende essa possibilidade porque, segundo ele, as ações da Petrobras trarão uma rentabilidade muito maior ao trabalhador do que o fundo de garantia , que atualmente rende 3% mais TR. "Quem investiu em ações de Petrobras em 2000, quando o governo autorizou o uso do FGTS para isso, está feliz com a lucratividade. Mesmo com a crise e as quedas abruptas do mercado, o rendimento foi maior do que seria se o dinheiro tivesse continuado no FGTS".

JPMorgan tem lucro líquido bem acima das expectativas

NOVA YORK (Reuters) - O JPMorgan Chase & Co anunciou nesta quarta-feira resultado acentuadamente maior no terceiro trimestre, superando as expectativas de Wall Street, conforme ganhos na área de banco de investimento compensaram perdas profundas com cartões de crédito e outros empréstimos ao consumidor. O segundo maior banco dos Estados Unidos teve lucro líquido de 3,6 bilhões de dólares, ou 0,82 dólar por ação, contra 527 milhões de dólares, ou 0,09 dólar por ação, no mesmo período um ano antes.

"Neste ambiente, este é um desempenho digno de campeão", disse Mike Holland, presidente da Holland & Co, em Nova York. Analistas em média previam lucro de 0,52 dólar por ação, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S. Custos com crédito aumentaram, conforme o banco adicionou 2 bilhões de dólares às reservas para se proteger contra futuras perdas de transações voltadas aos consumidores e outros empréstimos, elevando as reservas totais para 31,5 bilhões de dólares. As perdas com empréstimos também saltaram e o banco registrou 7 bilhões de dólares em cancelamentos de dívida líquidos nos empréstimos ao consumidor, acima dos 3,3 bilhões de dólares no ano anterior.

"Embora estejamos vendo alguns sinais iniciais de estabilidade do crédito ao consumidor, ainda não temos certeza que essa tendência continuará", afirmou o presidente-executivo do banco, Jamie Dimon, em um comunicado. A unidade apresentou um ganho de 400 milhões de dólares em empréstimos de alavancagem e posições relacionadas a hipotecas, que tiveram uma baixa contábil de 3,6 bilhões de dólares no mesmo trimestre um ano antes. Havia um cenário diferente nos negócios de cartão de crédito do JP Morgan, que registrou prejuízo de 700 milhões de dólares, contra lucro de 292 milhões de dólares no ano passado.

Investidores estarão atentos para que o JPMorgan, que se manteve entre as instituições financeiras mais saudáveis dos Estados Unidos durante a crise financeira, eleve seu dividendo. O banco reduziu seu dividendo trimestral para 0,05 dólar por ação, contra 0,38 dólar por ação em fevereiro.

"Eu ainda vejo o JPMorgan como o primeiro banco a restaurar dividendos", disse Anton Schutz, presidente da Mendon Capital, em Nova York. As ações do JPMorgan exibiam alta de 3,7 por cento no pregão eletrônico de Nova York, negociadas a 47,35 dólares. Na terça-feira, os papéis fecharam cotados a 45,66 dólares.

Fed mantém juro básico dos EUA no menor nível histórico e aponta melhora econômica

O Fomc (Federal Open Market Committee), comitê de mercado aberto do Federal Reserve, optou nesta quarta-feira (23) pela manutenção do juro básico norte-americano na faixa entre 0% e 0,25% ao ano, menor patamar de sua história.

Esta é a sexta reunião consecutiva da autoridade monetária dos Estados Unidos que conta com a manutenção da taxa neste intervalo. Com o comitê limitado em continuar com a flexibilização monetária tradicional, visto que a Fed Funds Rate já está próxima de zero, o desfecho da reunião não surpreende as projeções.

O FOMC também apontou melhora da economia no comunicado que acompanhou o anúncio da decisão e estendeu a meta do programa de compras de ativos do mercado imobiliário até 31 de março de 2010, no montante de US$ 1,450 trilhão - US$ 1,25 trilhão em ativos securitizados com lastro em financiamento hipotecário e US$ 200 bilhões em títulos de dívida das agências de hipotecas.

Fechamento IBOV 15/09/09

Fechamento SP-500 14/09/09

Um melhor entendimento do Marco do Pré-Sal

Reafirmamos nossa visão positiva sobre o Marco Regulatório do pré-sal divulgado na segundafeira pelo Governo Federal e pela Petrobras. Em nossa opinião os principais pontos vieram de acordo com o que vinha sendo desenhado pelo Governo e comentado pela media em geral.

Gostaríamos de salientar alguns pontos discutidos hoje durante a teleconferência da Petrobras com analistas de mercado e investidores, em relação ao marco regulatório do pré-sal: De acordo com nossos cálculos, se o aumento de capital for de acordo com as estimativas de mercado, de US$ 100 bi, implicaria em avaliar reservas (de 5bn de boe) em cerca de US$ 8 / boe, próximo ao topo da faixa em que as reservas têm sido transacionadas mundo afora. No entanto, é importante notar que no caso do pré-sal não será cobrada a participação especial (os royalties continuarão a ser cobrados de acordo com a legislação em vigor), o que acreditamos ser uma das razões para o valor das reservas estar na faixa superior.

A PETR confirmou aquilo que falamos que o maior risco para o minoritário é uma avaliação das reservas, que serão incorporadas, acima do valor justo. Por outro lado, isto não beneficiaria ninguém, pois o objetivo do aumento de capital é aumentar o caixa da empresa, e isto depende de os minoritários acompanharem a operação.
A PETR também informou que os leilões de novos blocos e sua subseqüente exploração, deverão utilizar mais de 70% do maquinário proveniente da indústria nacional. Como a capacidade nacional no momento é limitada, isto evitará a licitação de vários blocos no curto prazo.

A PETR irá deter pelo menos 30% de cada bloco, e consequentemente será responsável por igual percentual do investimento no bloco. Por outro lado, o vencedor do leilão será responsável pelo restante do investimento. No entanto, o percentual de “óleo lucro” oferecido à União, também será dividido pelos respectivos detentores do bloco, proporcionalmente ao seu percentual. Isto implica que a PETR terá de acompanhar o percentual de “óleo lucro” pela empresa vencedora da licitação. Cada empresa poderá incorporar as reservas correspondentes ao seu percentual do bloco em questão.

A Petrobras também esclareceu que os minoritários não participarão na precificação das reservas a serem aportadas já que trata-se na realidade de um aporte em dinheiro e este será utilizado para pagamento das reservas. Nossa expectativa não era de que minoritários pudessem participar da avaliação.
Riscos de Nossa Visão Mesmo considerando o marco como positivo, acreditamos que existem alguns pontos onde devemos ter a atenção redobrada. Bônus de Assinatura, o percentual de “Lucro Óleo” a ser ofertado à União e a precificação das áreas a ser aportadas na Petrobras, são pontos que necessitam maior esclarecimento de forma a permitir um melhor entendimento do impacto do Marco Regulatório do Pré-Sal para a Petrobras.

Bradesco rejeita oferta de Eike por ações da Vale

O Bradesco disse não ao empresário Eike Batista. A proposta de compra da participação acionária que o banco tem na Vale, apresentada por Eike semanas atrás, foi recusada na sexta-feira. Se fosse bem-sucedida, a operação levaria o empresário ao grupo de controle da mineradora. Contando a oferta aos acionistas minoritários, ele calculava gastar cerca de R$ 9 bilhões. A direção do Bradesco disse a Eike que está satisfeita com o retorno proporcionado pela Vale e que não tem interesse em se desfazer da posição. Procurado, o Bradesco não se manifestou. Intermediada pelo banqueiro André Esteves, do grupo financeiro BTG, a operação tinha a simpatia do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que acompanha a evolução dos acontecimentos de perto. Trata-se de um apoio importante, em razão da grande influência do governo na Vale. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) são acionistas da mineradora. O plano de Eike era comprar a Bradespar, empresa que reúne os ativos não financeiros do Bradesco. É por meio dessa empresa que o banco participa do bloco de controle da Vale, junto com um grupo de fundos de pensão de empresas estatais liderado pela Previ. Eike não quis comentar a operação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ações da GVT disparam 16% com oferta da Vivendi

Grupo francês pagará 5,4 bilhões de reais pela aquisição da empresa de telecomunicações

Depois do anúncio nesta terça-feira (8) do interesse do grupo francês Vivendi pela compra da GVT, os papéis da companhia brasileira de telecomunicações dispararam no pregão. Às 10h26, as ações da GVT (GVTT3) registravam forte alta de 16,93%, negociadas a 42,20 reais. No mesmo instante, o Ibovespa subia 0,09%, aos 57.905 pontos.

O grupo francês pretende desembolsar 5,4 bilhões de reais por todo o capital da GVT. Em comunicado, a Vivendi informou que pretende ainda lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) pelas ações da GVT no mercado, sob condições a serem cumpridas até 16 de outubro. Entre elas está a eliminação de um mecanismo para evitar ofertas hostis de compra que está no estatuto da GVT.

A aprovação do negócio depende dessa mudança no estatuto, mas os controladores da empresa brasileira já concordaram em apoiar a alteração para permitir a aquisição. A expectativa é de que a oferta de ações aconteça ainda neste ano.