Pregão Bovespa

Uso do FGTS na capitalização da Petrobras será discutido em audiência

Foi aprovada, na quarta-feira (14), a realização de audiência pública para discutir a possibilidade de uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na capitalização da Petrobras. A reunião, requerida pelo deputado Pedro Fernandes, ainda não tem data para ser realizada, de acordo com a Agência Câmara.

Preocupação
De acordo com o deputado, a possibilidade de utilizar o FGTS para investir no pré-sal e capitalizar a Petrobras é preocupante, pois o fundo poderá ficar saturado, com os cerca de 300 projetos que o afetam. Para Fernandes, a reunião servirá para que os parlamentares conheçam melhor o FGTS e repensem a utilização dos recursos do fundo para investir no pré-sal.

O outro lado

Para o presidente e fundador da ONG Instituto FGTS Fácil, Mario Avelino, o trabalhador precisa ter o direito de investir em ações da Petrobras no pré-sal. Avelino defende essa possibilidade porque, segundo ele, as ações da Petrobras trarão uma rentabilidade muito maior ao trabalhador do que o fundo de garantia , que atualmente rende 3% mais TR. "Quem investiu em ações de Petrobras em 2000, quando o governo autorizou o uso do FGTS para isso, está feliz com a lucratividade. Mesmo com a crise e as quedas abruptas do mercado, o rendimento foi maior do que seria se o dinheiro tivesse continuado no FGTS".

JPMorgan tem lucro líquido bem acima das expectativas

NOVA YORK (Reuters) - O JPMorgan Chase & Co anunciou nesta quarta-feira resultado acentuadamente maior no terceiro trimestre, superando as expectativas de Wall Street, conforme ganhos na área de banco de investimento compensaram perdas profundas com cartões de crédito e outros empréstimos ao consumidor. O segundo maior banco dos Estados Unidos teve lucro líquido de 3,6 bilhões de dólares, ou 0,82 dólar por ação, contra 527 milhões de dólares, ou 0,09 dólar por ação, no mesmo período um ano antes.

"Neste ambiente, este é um desempenho digno de campeão", disse Mike Holland, presidente da Holland & Co, em Nova York. Analistas em média previam lucro de 0,52 dólar por ação, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S. Custos com crédito aumentaram, conforme o banco adicionou 2 bilhões de dólares às reservas para se proteger contra futuras perdas de transações voltadas aos consumidores e outros empréstimos, elevando as reservas totais para 31,5 bilhões de dólares. As perdas com empréstimos também saltaram e o banco registrou 7 bilhões de dólares em cancelamentos de dívida líquidos nos empréstimos ao consumidor, acima dos 3,3 bilhões de dólares no ano anterior.

"Embora estejamos vendo alguns sinais iniciais de estabilidade do crédito ao consumidor, ainda não temos certeza que essa tendência continuará", afirmou o presidente-executivo do banco, Jamie Dimon, em um comunicado. A unidade apresentou um ganho de 400 milhões de dólares em empréstimos de alavancagem e posições relacionadas a hipotecas, que tiveram uma baixa contábil de 3,6 bilhões de dólares no mesmo trimestre um ano antes. Havia um cenário diferente nos negócios de cartão de crédito do JP Morgan, que registrou prejuízo de 700 milhões de dólares, contra lucro de 292 milhões de dólares no ano passado.

Investidores estarão atentos para que o JPMorgan, que se manteve entre as instituições financeiras mais saudáveis dos Estados Unidos durante a crise financeira, eleve seu dividendo. O banco reduziu seu dividendo trimestral para 0,05 dólar por ação, contra 0,38 dólar por ação em fevereiro.

"Eu ainda vejo o JPMorgan como o primeiro banco a restaurar dividendos", disse Anton Schutz, presidente da Mendon Capital, em Nova York. As ações do JPMorgan exibiam alta de 3,7 por cento no pregão eletrônico de Nova York, negociadas a 47,35 dólares. Na terça-feira, os papéis fecharam cotados a 45,66 dólares.